RESUMO
Neste pequeno estudo falaremos sobre a educação
infantil e infância, sem deixarmos de lembrar um pouquinho de sua história e
qual o melhor método para ser trabalhado conforme o RCNEI’s e alguns estudiosos
que buscam da melhor forma possível melhorar e facilitar o nosso trabalho
pedagógico em sala de aula, não podemos nos esquecer do que nos diz a lei em
relação a educação infantil, pois é através dela que iremos buscar um
conhecimento mais profundo e saber quais os direitos que uma criança tem ao vir
para a escola.
Palavras-chave:
Infância, Educação Infantil, Criança.
1 INTRODUÇÃO
Educação infantil, que
período maravilhoso ao qual a criança passa, como é bom ter infância. Lembramos
de inúmeros poemas de poetas que fizeram parte da historia de nosso país que
contam como era a sua infância, algo maravilhosos e ilusório, para muito ser
criança é nunca deixar de sonhar, para outros é nunca deixar de viver cada
segundo, pois ela passa e rápido, dentro deste artigo cientifico abordaremos
este tema, bem como o que os estudiosos e a lei nos fala sobre educação
infantil e infância. Deleitar-me – ei perante este magnífico poema de
2 DESENVOLVIMENTO
Para falarmos em infância e educação infantil, precisamos saber um
pouquinho de sua história. Muitos acham que a educação infantil surgiu no século XVII com Comênio, outros
dizem que foi em outros séculos com Froebel ou Rousseau, na verdade esses
educadores tiveram grande importância para a educação infantil, mas a sua
estrutura vem lá do século IV a.C., na Grécia Antiga com o filosofo Platão já
existia um espaço reservado para atender aos pequenos, podendo assim dizer que
a Educação Infantil passou a existir com a Academia de Platão, também conhecida
como Escola de Atenas, depois vieram teorias, métodos e grande educadores
mostrando que a educação infantil vai muito além do cuidar.
Ao nível de Brasil, podemos dizer
que até a metade do século XIX, não havia instituições infantis, mas sim que
havia orfanatos onde eram deixadas na giratória as crianças que eram abandonadas
por suas mães.
Naquela época, não se levava em consideração à educação infantil, ou
seja, as crianças eram tachadas como alguém que não precisava brincar se
relacionar, era a miniatura de um adulto, algo superado em nossos dias atuais,
como diz Kramer,
...a
infância nos remete a fantasia, a imaginação, a criação, ao sonho coletivo, a
história presente, passada e futura. (KRAMER, pag. 36)
Naquela época a criança não era considerada criança e se pararmos para
pensar até hoje é assim, até certo ponto, é claro. Pois foi preciso aparecer um
grande educador chamado Jean-Jacques Rousseau para mostrar que a criança não é
a miniatura de um adulto, ela é criança e deve ser tratada como tal. Voltando a
história, no ano de 1875, foram criadas no Rio de Janeiro o primeiro Jardim da
Infância por Menezes Viera e dois anos depois foi adaptado em São Paulo, Caetano de
Campos e Bahia, mas ambas estavam sob o cuidado das instituições privadas e
somente alguns anos depois passaram ao domínio do poder público, mas ainda visando
atender a população rica.
Após a década de 20 a
educação infantil passou a ser valorizada e aperfeiçoada. Hoje ainda buscamos
valorizar a educação infantil, pois as crianças têm os seus direitos, mas
muitas vezes sabemos que eles só ficam no papel. A lei nos fala muito sobre a
educação infantil.
Conforme a LDB,
Art. 29º. A educação infantil, primeira etapa da educação básica,
tem como finalidade
o
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos
físico,
psicológico, intelectual
e social, complementando a ação da família e da comunidade.
Art. 30º. A educação infantil será oferecida em:
I - creches, ou entidades
equivalentes, para crianças de até três anos de idade;
II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade.
Art. 31º. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante
acompanhamento e
registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o
acesso ao ensino fundamental.
Ou seja, toda criança tem o direito de frequentar a educação infantil em
creches, pois é ali que ela se desenvolvera por completo, seja afetivamente,
cognitivamente, psicologicamente e fisicamente.
Educação infantil é o período de zero a seis anos, agora cinco conforme a
lei dos nove anos, onde a criança vai para uma creche, onde deve haver
brincadeiras lúdicas e o aprendizado deve ser entendido como algo relativo,
algo que vem naturalmente, pois para fazer parte do ensino fundamental ela não
precisa passar por nenhuma avaliação, você não reprova e sim vai automaticamente
para este novo período. É lamentável saber que muitas crianças não tem o
direito, nem acesso às creches e escolas, pois muitas desde cedo precisam
trabalhar para ajudar no sustento da família, um absurdo. É muito importante
que a família apóie a criança em seu desenvolvimento escolar, pois assim para o
professor será mais fácil realizar o seu trabalho pedagógico. Existem régios
onde creches e escolas são algo extintas como em alguns lugares da floresta
Amazônia. A educação infantil é vista de vários ângulos, pois depende de cada
cultura, por exemplo, muitos índios não frequentam creches de educação
infantil, nem por isso deixam de se desenvolverem como um todo, isso é
dialético.
Trabalhar com a educação infantil é algo complexo, mas gratificante,
pois,
[...] compreender, conhecer e reconhecer o jeito
particular das crianças serem e estarem no mundo é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais. Embora
os conhecimentos derivados da psicologia, antropologia, sociologia, medicina,
etc. possam ser de grande valia para desvelar o universo infantil apontando
algumas características comuns da ser das crianças, elas permanecem únicas em
sua individualidades e diferenças (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, 1998, p.22).
Já a concepção de infância é algo maravilhoso. Sinto muita falta de minha
infância onde brincávamos, corríamos, pulávamos, fazíamos tantas coisas
arriscadas sem pensar no perigo, sem saber que ele existia, sem criança vai
muito além do brincar é ter um mundo só nosso, um mundo ilusório, imaginário e
criativo onde achamos que nada de ruim pode nos acontecer, é lamentável saber
que crescemos e que aquele mundo que sonhamos é totalmente diferente, mas nem
por isso deixares de sonha.
Infância é o período em que a criança desenvolve sua noção de vida, é
fazer tudo o que se quer, é brincar, correr, pular, é criar o seu próprio
mundo, é imaginar.
Para Oliveira:
Infância é uma construção
histórica e social, coexistindo em um mesmo momento múltiplas ideias de criança
e desenvolvimento infantil. (OLIVEIRA, pg. 44)
Numa perspectiva mais científica, infância é o período que vai desde o
nascimento até aproximadamente o décimo-segundo ano de vida de uma pessoa. É um
período de grande desenvolvimento físico, marcado pelo gradual crescimento da
altura e do peso da criança - especialmente nos primeiros três anos de vida e
durante a puberdade. Cobre, portanto, todo o desenvolvimento da personalidade.
Agora abordares alguns métodos a serem trabalhados na educação infantil. Um deles conforme a Proposta Curricular de
Santa Catarina é “organizar as ações da escola com base nos jogos e
brincadeiras, visando construir na criança conhecimentos sobre o mundo, sempre
levando em consideração os contextos a qual ela está inserida”.
O método de ensino deve visar o
desenvolvimento da criança, buscando trabalhar todos os ambientes que a
envolve, onde haja prática problematizadora, onde as crianças tenham voz e vez.
A ludicidade é outro fator
importantíssimo para se trabalhar com as crianças de zero a seis anos, pois
através do brinquedo ela interage com o mundo, com sua imaginação, seu corpo,
sua vida, sua totalidade. O brinquedo cantado é algo indispensável na Educação
Infantil, as cantigas de roda, todas as musicas infantis, ajudam a desenvolver
a linguagem da criança, algo que também envolve a razão e a emoção.
Cantigas e rimas aliadas a gestos
e danças, auxiliam no desenvolvimento linguístico e físico da criança.
(P.C.S.C. pág. 58)
É através da música que
expressamos os nossos sentimentos, é ali que o professor perceberá se a criança
sofreu ou sofre abuso sexual, violência ou outro problema que a envolve. É
muito importante fazer a contextualização da musica, desenhá-la, interpretá-la
visando desenvolver as percepções táteis, visuais e sensoriais, além das
motoras é claro.
Mais uma vez percebemos a
importância do lúdico que falta muito em nossas escolas, os jogos, histórias,
dramatizações, auxiliam nas múltiplas linguagens da criança.
As historias, fantasias, magia
são importantíssimas para desenvolver a linguagem literária da criança,
lembrando sempre que é na Educação Infantil que a criança compreende e aprende
com facilidade as coisas, principalmente adquire o habito da leitura.
A linguagem matemática é algo
trabalhado com muita dificuldade nas creches, pois se ensina as regras e não o
conceito. O jogo, blocos lógicos, figuras geométricas, quebra-cabeça, tangram,
são meios concretos que ajudam a desenvolver esta linguagem, a criança precisa
tocar no objeto, senti-lo, colocar na boca muitas vezes, mas é assim que ativa
a sua capacidade cognitiva.
Conforme a P.C.S. C,
A organização espacial é outro principio
norteador da pratica pedagógica que pode, dependendo de sua estruturação
facilitar ou dificultar a vivencia da infância. (P.C.S. C, pag 62)
Vi em muitas escolas por onde
passei, seja estudando ou trabalhando ou regendo meus estágios, a precariedade
destas, onde as salas são pequenas, com péssima infraestrutura, com pouca
alimentação, falta de higiene, sendo assim, o processo de ensino aprendizagem
torna-se difícil. Grandes partes das creches possuem um espaço externo para as
crianças brincar, o parque é muito importante para o seu desenvolvimento, desde
que os professores não o utilizem como fonte para matar aula, fofocar e sim
como enfoque o desenvolvimento motor da criança.
Toda escola, seja infantil ou
não, precisa ter um Projeto Político Pedagógico, onde os professores e toda a
comunidade escolar possam basear-se para lecionar com sucesso.
A criança é o sujeito de ensino e
desde pequena precisa aprender e descobrir o mundo, o professor deve facilitar
a aprendizagem e não deve esquecer que tudo na vida tem o seu tempo e na
educação não é diferente, ela tem etapas e não deve ser puladas. A criança
aprende dentro de suas potencialidades.
3 CONCLUSÃO
A conclusão que tiro deste pequeno artigo,
como já disse anteriormente, que ser criança vai muito além do brincar, correr,
pular, ser criança é desenvolver-se integralmente, sendo assim percebemos o
qual importante é o nosso papel de educadoras, pois a criança se desenvolvera
dentro da escola e estas precisam ter um ótimo acompanhamento para evitar algo
trágico em sua infância. A educação infantil é um período importante onde toda
criança tem o direito de por ele passar e cabe a nos educadoras fazer valer o
direito de cada criança.
4 REFERÊNCIAS
POSSENTI,
S. Porque (não) ensinar gramática na
escola. Campinas, Mercado das Letras, 1998.
Disponível em Caderno de Estudos - Fundamentos da linguística.