sexta-feira, 25 de abril de 2014

AS VERDADES CONTRA OS FRACASSOS DA VIDA -POR UMA PEDAGOGIA ANTROPOLÓGICA




ESTA É MAIS UMA MAGNÍFICA OBRA DE FÍDIAS TELES. OBRA PEDAGÓGICA, PORÉM NÃO COMO TODAS AS OBRAS DE EDUCAÇÃO, ONDE FALA-SE APENAS DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, EDUCADORES, CORRENTES EDUCACIONAIS. AQUI ELE FALA SOBRE OS PROBLEMAS E PRESSÕES QUE O PROFESSOR ENFRENTA EM SUA FUNÇÃO, O PORQUE DELE ESTAR SENDO DESVALORIZADO E COMO FAZER PARA FUGIR DAS MÁFIAS QUE TENTAM DERRUBAR O PROFESSOR HONESTO E COMPROMETIDO COM SEUS IDEAIS.
FÍDIAS TELES CRIOU O TERMO PEDAGOGIA ANTROPOLÓGICA, ONDE MOSTRA QUE A CULTURA DO HOMEM CONTRIBUI E MUITO PARA A SUA DESVALORIZAÇÃO, BEM COMO PARA O SEU SUCESSO. É UMA OBRA PARA PROFESSORES QUE NÃO TEM MEDO DE LUTAR POR AQUILO QUE ACREDITAM.

 EM REPORTAGEM NO JORNAL EVOLUÇÃO:

Depois de ter devorado "centenas e centenas de livros" de literatura pedagógica, Fídias Teles agora deixa transparecer sua ânsia em 304 páginas do livro "As Verdades Contra os Fracassos da Vida", sua décima e mais recente obra, que saiu do forno nesta semana. O pernambucano de currículo extenso (antropólogo, filósofo, sociólogo, escritor, palestrante e professor) concedeu entrevista ao Evolução no Shopping Zipperer, falando um pouco da publicação que ainda não tem data oficial para lançamento em São Bento do Sul.
Com raríssimas exceções, disse Fídias - como Paulo Freire, Eustáquio Romão e Moacir Gadotti, "noventa e tantos por cento dos livros pedagogos" estão preocupados com burocracias como a lei de diretrizes e a carga horária das escolas. "Até parece que não existe gente ali", comentou. "Parece que estão falando apenas de salas cheias de móveis, cheias de objetos". Com mais de trinta anos trabalhado em estabelecimentos de ensino (sejam públicos, privados ou religiosos), das classes médias às universitárias, Fídias colocou no livro seus confrontos, experimentações, pesquisas e confirmações.



 ALGUÉM SABE ALGUMA COISA 

Em suma, a obra trata das "relações desumanas dentro dos estabelecimentos de ensino", sob a ótica antropológica, "trazendo para o século XXI a realidade educacional brasileira". Fídias indaga: "Como está sendo a relação professor-aluno, realmente? A relação diretor-professor, alguém sabe alguma coisa? Como os funcionários participam de todo esse arcabouço?". Indagado com o velho-chavão - se professor finge que ensina e aluno finge que aprende -, o autor afirmou que "detestava essa expressão", concordando, porém, que "existe muito disso".
Mesmo os "métodos vanguardistas são mal utilizados", lamenta Fídias, citando novamente Paulo Freire. O autor destaca uma das sugestões do grande educador brasileiro, que pede o estudo de textos por parte dos alunos, incentivando a criatividade, o debate. "O que muitos professores fazem? Dão o texto, vão embora e dizem: 'Amanhã eu recolho'.". Ou seja, orientação que é bom, nada! "Eles acabam não acompanhando o desenvolvimento daquele trabalho em grupo". Fídias registra que a escola não pode se resumir "a um tirano atrás da mesa, dando ordens e ameaçando os alunos". 


Com 60 anos de idade, o autor de "As Verdades Contra os Fracassos da Vida" lembra do tempo em que professores chegavam a deixar revólveres na mesa. Fídias Teles lastima que atualmente vários colegas de profissão estejam "abandonando os alunos". Para o escritor, "existem coisas muito feias e jogos muito sujos" nesta área. Maiores detalhes? Basta ler o livro. "Até para que não sejamos mal interpretados", disse Fídias durante a entrevista, gravada para o programa EvoluAção (TVCabo São Bento, próximo dia 17, às 13:00).
  

TALENTO E INDEPENDÊNCIA


A internet, frisou ele, "quando se torna uma mania" acaba fazendo com que "a criatividade seja esgotada". Para nosso entrevistado, algumas pessoas ficam simplesmente dependentes do computador. "Você não vai consultar nunca mais o seu próprio cérebro?", questiona. Entretanto, ele destaca que o computador não deve ser "desprezado" - mas a máquina "não ganha do nosso cérebro".  Fídias cita alguns outros nomes - que se destacaram e destacam na História da sabedoria, como Aristóteles, Platão e Jung, totalmente desconectados das tecnologias reinantes de hoje  em dia. "O computador", declarou, "ajuda quem tem talento e independência", sobretudo quem "está sendo bem orientado educacionalmente". Fídias ressaltou, contudo, que tem visto país afora pessoas "otimamente bem intencionadas" com a educação, mas quando vão colocar em prática suas boas intenções acabam aparecendo barreiras - "às vezes barreiras dos próprios colegas". 
NÃO PRECISA MAIS PRENDER PROFESSORES
 

Os Anos de Chumbo (Ditadura Militar) também foram lembrados por Fídias na entrevista. Neste histórico período nacional, "os estudantes deram um exemplo de união". Atualmente, conforme o autor, são os professores que "estão fazendo o contrário". Ou seja, estão se desunindo. "Então, o que faz o Sistema? Não precisa mais prender professores, porque eles mesmos se autodestroem, se matam entre si". Para Fídias, "isso é triste". 

A reportagem do Evolução/EvoluAção aproveitou o gancho e perguntou ao autor sua opinião a respeito da mobilização dos chamados "caras-pintadas" na época do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Ele disse ter visto tanto um ponto positivo como um negativo. Positivo porque achou interessante vê-los nas ruas "forçando a derrubada de um presidente".
Por outro lado, "eles estavam extremamente manipulados pelos poderes dominantes, que tinham interesse em derrubar aquele presidente". Para Fídias, a questão merece até um estudo mais aprofundado: "Os 'caras-pintadas' foram um movimento de autonomia digno de respeito ou mais exemplo de manipulação das classes dominantes sobre uma juventude estonteada, desnorteada e despolitizada?".


Nos dias atuais, há uma participação mínima do movimento estudantil nas ruas. Fídias Teles vê isso com bons olhos. Enfatizando que não tem nenhuma concepção político-partidária, o autor disse que "não se pode negar" que hoje o Brasil "tem um governo que nunca ocorreu na História". Acesso à alimentação aos miseráveis, estudantes pobres que passaram a frequentar faculdades particulares e o Salário Mínimo mais valorizado, entre outros aspectos, foram destacados pelo autor durante a entrevista.
A administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme Fídias, "projetou o Brasil de uma forma como nunca aconteceu na História". As recentes conquistas sociais do país, disse o entrevistado, são inéditas "em quinhentos e dez anos". "Quem está tentando fazer - e está fazendo alguma coisa! - é o governo do presidente Lula", comentou. "Seria uma injustiça negar isso".




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