terça-feira, 23 de novembro de 2010

EDUCAÇÃO JESUÍTICA


RESUMO

A educação brasileira sempre passou por diversas mudanças e evoluções. Os principais responsáveis pela educação de nosso país foram os Jesuítas que vieram para cá, pouco tempo após nossa colonização para alfabetizar os filhos dos poderosos e dos índios, na verdade fazer com que esses viessem a seguir suas doutrinas religiosas. Mas o tempo passou e hoje temos uma educação diferente, porém os traços jesuíticos estão presentes em nosso cotidiano e em nossa história.
Palavras-chave: Educacao; Colonizdores; Jesuitas.

1 INTRODUÇÃO

A educação brasileira sempre passou por diversos períodos e está em constante mudança, evoluindo aos poucos.
É interessante voltarmos ao passado e relembrarmos um pouco da nossa história educacional.
A história da educação do Brasil foi e ainda o é um processo de transmissão de conhecimentos. Inicia no período colonial, aonde vieram para nosso país os jesuítas da religião que conhecemos como catolicismo, comandados pelo padre Manoel de Nóbrega. Chegaram ao Brasil em março de 1549 e em apenas 15 dias depois já edificaram a sua primeira escola na cidade de Salvador – BA.
Tomaram um poder muito grande, alfabetizando os filhos dos poderosos da época e buscando trazer para a sua fé os índios colonizados, porem perceberam que só conseguiriam evangelizar se alfabetizassem, ou seja, ensinassem os índios a ler e a escrever.
Daí para frente, alfabetizaram os colonizadores, filhos dos poderosos e chefes de estado.
Dentro de nosso pequeno artigo, buscaremos conhecer a educação jesuítica, sua importância e influência até aos dias de hoje.


2 EDUCAÇÃO JESUÍTICA

Como já falamos anteriormente, os jesuítas foram os primeiros a trazerem a sua educação para o Brasil. A chamada Companhia de Jesus que obteve um papel muito importante em nossa historia. Seu real objetivo era trazer aos colonizados as suas doutrinas católicas, porem perceberam que apenas após eles aprenderem a ler e escrever é que poderiam compreender a sua fé. Sem querer acabaram sempre os primeiros educadores brasileiros e até hoje podemos ver em nossa cultura e nas nossas escolar a influencia da educação jesuítica.

O ensino jesuítico, por outro lado, conservando à margem, sem aprofundar a sua atividade e sem preocupação outras senão as do recrutamento de fiéis ou de servidores, tornava-se possível porque não perturbava a estrutura vigente, subordinava-se aos imperativos do meio social, marchava paralelo a ele. Sua marginalidade era a essência de que vivia e se alimentava.

Seus principais objetivos eram:

v Levar o catolicismo para a America recem descoberta.
v Catequizar os colonizados, índios e filhos dos poderosos, trazendo a eles sua língua portuguesa, costumes europeus e da sua religião.
v Difundir a sua religiao, evitando assim que o protestantismo estende-se mais que a religiao catolica.
v Construir escolas que pregassem o seu evangelho por todo o mundo.
Conseguiram cumprir com boa parte de seus objetivos. Hoje há uma grande populacao de catolicos em nosso país, falamos a lingua portuguesa e estamos alfabetizados.
São muitos os colégios católicos espalhados por nosso país, que ainda seguem uma doutrina jesuítica, porem dentro das normas da LDB e evolução educacional que surgiu no Brasil.
Seu papel em nossa educação foi muito importante, vinham com o propósito de mudar, reformar, transformar a vida dos colonizadores.
Sua educação estendeu-se rapidamente pelo país e em poucos anos já haviam cinco escolas elementares jesuíticas. Seguiam o método Ratio Studiorium, onde não apenas pregavam sua fé, mas ensinavam as letras, Filosofia, em curso normal, Teologia e Ciências Sagradas, para nível superior, e quem estudasse apenas letras levaria consigo conhecimentos de gramática Latina, Humanidade, retórica e no curso extensivo de Filosofia estudavam lógica, metafísica católica, moral, ética, matemática e ciências naturais.
SCHMITZ, (1994, p.14), diz que:

É evidente que a formação principal será a da Teologia e da Filosofia, pois estas ciências serão úteis para o seu futuro apostolado. Mas não se descuida a formação sólida em Letras, pois é por meio da Cultura ampla e profunda nas ciências humanas que o jesuíta terá melhores condições de exercer o seu ministério.

Incentivavam os filhos da nobreza a estudar na Europa, pois seu interesse era pregar o evangelho aos pobres, convertendo-os ao seu evangelho e aos seus valores, mostrando-lhes também boas maneiras.
Com o passar dos tempos os colonos queriam usar os índios como escravos, porém os jesuítas não queriam que o fizessem, sendo assim criaram as missões, ou seja, retiros onde os índios passariam pelo processo de catequização, tendo aulas de como cuidar da terra, com trabalhos agrícolas, trazendo aos jesuítas outros benefícios de renda. Porém os colonos muitas vezes conseguiam pegar uma tribo inteira como escravos.
Os jesuítas nos influenciam até os dias de hoje.
Ao entrar em uma escola católica, percebemos que a influência de sua religião está muito presente, também ensinam bons costumes e normas que devem ser seguidas dentro de uma sociedade, algo que as escolas de ensino normal não o fazem.
Nosso educadores jesuítas foram os mentores de nossa educação durante aproximadamente duzentos anos, desde 1549 até a1759, quando foram expulsos de nosso país pelas colônias portuguesas, pelo Maquês de Pombal, o primeiro ministro de Portugal, figura marcante em nossa história. Porem os jesuítas já haviam realizado um belo trabalho, tinham fundado 17 colégios e seminários, 36 missões e 25 residências, sem falar nos inúmeros seminários que atendiam a menores e as escolas que ensinavam as primeiras letras instaladas nas cidades onde estava presente a Companhia de Jesus.
A educação brasileira deve muito a nossos irmãos jesuítas, por terem implantado em nosso país uma educação modelo, que precisou e ainda precisa de reajustes, porém sua importância não deixa de ser significativa por isso.

3 CONCLUSÃO

É muito conhecermos um pouco mais sobre a nossa educação, nosso passado, nossa cultura.
Estudar nos leva a fazer novas descobertas, a conhecer o desconhecido e compreender os fatos que rondam a nossa existência.
Conhecer um pouco mais da educação jesuítica me levou há compreender um pouco mais sobre a nossa educação atual, pois apesar de tanto tempo sofreu uma influencia muito grande e em partes precisa ser mudada, porém a revolução vem com o passar dos tempos, mas sei que depende também de mim como educadora, mudar nossa realidade.

4 REFERÊNCIAS

SCHMITZ, Egídio. Os Jesuítas e a Educação: a filosofia educacional da Cia. de Jesus. São Leopoldo: Unissinos, 1994.
SODRÉ, Nelson Werneck. Síntese de história da Educação Brasileira. 17 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.
A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA DA CRIANÇA NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO

RESUMO


A matemática e suas implicaturas. É complexo analisarmos o processo de desenvolvimento lógico-matematico da criança, porém importante, pois nós somos os agentes que mudança e aprendizagem que podem contribuir para a formação desta criança. Piaget foi um educador que trabalhou este processo de forma lógica e objetiva, dentro deste contexto analisamos sua contribuição e buscamos formas, métodos e conceitos para trabalhar o pensamento matemático e a autonomia em sala de aula.
Palavras-chave: Criança; Lógico-Matemático; Pensamento.



1 INTRODUÇÃO


A Matemática e sua complexidade. Ela surgiu há muito tempo atrás e a cada ano que passa evolui, pois vão surgindo novas teorias e métodos de aplicação desta ciência dentro das escolas e na vida cotidiana do ser humano. Não vivemos sem a Matemática. Ela está presente em todo momento de nossa existência, desde quando levantamos até quando vamos repousar, pois vemos as horas, pagamos o ônibus, fazemos compras entre muitas outras ações que nos levam a perceber a importância e influência desta ciência tão enigmática em nossa vida.
Defino a Matemática como uma ciência que trabalha o “raciocínio lógico e abstrato”. Existem muitas definições, mas entendo que esta seja a mais lógica.
No ambiente escolar a Matemática tem sido um problema para muitos alunos, pois é uma disciplina que exige muito do educando.
O processo de ensino-aprendizagem da matemática é complexo, um grande desafio para nós futuras educadoras, mas é parte integrante da vida de cada indivíduo e necessita-se sua compreensão, sendo assim, neste pequeno artigo, buscarei mostrar a construção do pensamento lógico-matemático da criança, sua importância na vida desta, o porquê da autonomia neste processo, alguns métodos a serem trabalhados e o que nos dizem as normas e regras que cada Estado deve seguir, conforme seus Conselhos de Educação, Suas Propostas Pedagógicas, sem falar no processo de ensino-aprendizagem – lógico- matemático baseado teoricamente em Piaget, um grande matemático que revolucionou a História da Educação Mundial.


2 CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO LÓGICO MATEMÁTICO

"O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situações-problemas”.( Jean Piaget)


Para falarmos em Matemática, precisamos falar em números. A base da matemática são os números, até certo ponto, é claro. Sabemos que eles provavelmente surgiram com a história dos criadores de ovelhas que passaram a colocar dentro dos saquinhos pedras, cada vez que uma ovelha passava, uma pedra era posta ali, para que eles não perdessem nenhuma ovelha, daí surgiram os números.
A criança já nasce num mundo onde os sistemas numéricos estão presentes e acaba envolvendo-se e relacionando-se com este meio de quantificar as coisas. A TV é um exemplo disso, onde as crianças vêem os números dos canais, diversas quantidades, também fazem compras com seus pais, dentre outras ações que fazem parte de nosso cotidiano e nos mostra que a Matemática é intensa e presente.
Ao ingressar na escola a criança já possui algumas básicas noções de quantidade, mas não sabe ao certo suas qualificações e seu conceito numérico. Mas então me vem à mente a seguinte pergunta: Como a criança adquire tal conhecimento? É através do pensamento. Da sua Naturalidade.
O educador Jean-Jacques Rousseau (1983), um grande educador Suíço, nos fala que a criança desenvolve-se naturalmente, o que deixou bem explícito em sua obra “Emilio”. Para ele,


“O homem nasce livre e por toda parte está a ferros [...] O único hábito que se deve permitir a uma criança é o de não adquirir nenhum [...] o homem nasce bom, puro, naturalmente belo, mas é a sociedade que o corrompe”.


Mas Piaget (1978) foi o educador que trabalho mais a área psicológica da criança. Para ele, o pensamento humano é construído através da participação do grupo social ao qual ele está inserido. Ele considera o pensamento lógico-matemático uma eterna construção, resultante da ação mental das crianças sobre o mundo ao qual estão inseridas, ou seja, acontece quando a criança passa a compreender e pensar no seu mundo, no seu cotidiano, nas ações que irá realizar.
A princípio a criança trabalha a quantidade como sendo “muita” coisa, sempre associa quantidade ao objeto, um exemplo disso é uma menina que diz ter duas bonecas, mas não sabe o que quer dizer a palavra dois, o significado do número dois, tem duas bonecas, mas não sabe o que significa, ela não tem a noção exata deste fato e na escola irá aprender que vai muito além.
Na verdade, pelo que li, analisei, a criança aprende sozinha, até certo ponto a desenvolver o seu pensamento lógico-matemático, pois as sociedades impõem a ela problemas aos quais terá necessidade de resolvê-los. Não podemos esquecer que a criança já possui suas pequenas experiências e isso deve ser levado em consideração na aprendizagem. Diz Piaget (1974):


"[...] só falaríamos de aprendizagem na medida em que um resultado (conhecimento ou atuação) é adquirido em função da experiência, essa experiência podendo ser do tipo físico ou do tipo lógico-matemático ou os dois".


O pensamento lógico-matemático é de suma importância já na educação infantil, pois é ali que a criança adquire a sua autonomia.
Toda criança necessita de sua autonomia, para isso um trabalho bem feito e produtivo em sala de aula, a aplicação do cotidiano e atividades problematizadoras trarão entre muitos benefícios, a criança, a necessidade da solução de problemas, propiciando assim não apenas a construção de sua autonomia, mas sim o desenvolvimento do pensamento lógico-matemático.


3. METODOLOGIA E ASPECTOS LEGAIS


Toda instituição de cunho social ou cultural precisa seguir algumas normas e regras para o seu bom funcionamento.
Nosso país possui os Parâmetros Curriculares Nacionais que nos trazem um embasamento sobre como deve ser trabalhada a Matemática em sala de aula e qual a sua importância.
Conforme o PCN’s,


[...] “a Matemática desempenha papel decisivo, pois permite resolver problemas da vida cotidiana, tem muitas aplicações no mundo do trabalho e funciona como instrumento essencial para a construção de conhecimentos em outras áreas curriculares. Do mesmo modo, interfere fortemente na formação de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento e na agilização do raciocínio dedutivo do aluno.”.


Ou seja, a matemática ajuda intelectualmente e socialmente à criança. Ele nos trás alguns caminhos de como trabalhá-la em sala de aula.
Os métodos que mais utilizamos é o lúdico, porém no Ensino Fundamental a aplicação deve mais rigorosa e intensa, não behaviorista mais onde o professor possa ser o transmissor de conhecimentos. Os jogos é uma grande opção. Conforme a Proposta Curricular de Santa Catarina (2005),

“[...] organizar as ações da escola com base nos jogos e brincadeiras, visando construir na criança conhecimentos sobre o mundo, sempre levando em consideração os contextos a qual ela está inserida”.


Não podemos nos esquecer do método Montessori, os seus jogos que nos ajudam e facilitam nosso trabalho. Hoje o educador possui inúmeros materiais didáticos para o trabalho, como tampinhas de garrafas, papelão, latinhas, caixas de fósforos entre outros reciclados que pode fazer de uma simples aula de matemática, uma grade aula de descobertas e já trabalhando também a interdisciplinaridade em temas transversais como o meio ambiente.
As escolas que possuem sala de informática têm uma ferramenta a mais de trabalho, com seus excessivos cuidados é claro.
Sem falar nos métodos tradicionais que os educadores já utilizam em sala e passam de geração em geração, já se tornou algo cultural, porém falta um pouco de boa vontade e autonomia dos educadores para buscar trazer algo novo nos métodos de lecionar.
Hoje há diversos educadores que trabalham feirinhas, mini-mercados em sala de aula, isso é interessante, porém desde cedo já escravizam as crianças ao mundo do capitalismo, já os fazem pequenos capitalistas. Sobre isso nos diz Marx (1818),


“Sem sombra de dúvida, a vontade do capitalista consiste em encher os bolsos, o mais que possa. E o que temos a fazer não é divagar acerca da sua vontade, mas investigar o seu poder, os limites desse poder e o caráter desses limites [...] o capitalismo gera o seu próprio coveiro”.


Na educação infantil o melhor método utilizado para desenvolver o pensamento lógico-matemático é o lúdico. Toda criança aprende brincando, pois através do brinquedo ela interage com o mundo, com sua imaginação, seu corpo, sua vida, sua totalidade. O brinquedo cantado é algo indispensável na Educação Infantil, às cantigas de roda, todas as músicas infantis, ajudam a desenvolver a linguagem da criança, algo que também envolve a razão e a emoção. “Cantigas e rimas aliadas a gestos e danças, auxiliam no desenvolvimento lingüístico e físico da criança”. (P.C.S.C. pág. 58).
É através da música que expressamos os nossos sentimentos, é ali que o professor perceberá se a criança sofreu ou sofre abuso sexual, violência ou outro problema que a envolve. É muito importante fazer a contextualização da música, desenhá-la, interpretá-la visando desenvolver as percepções táteis, visuais e sensoriais, além do lógico-matemática, é claro.
A linguagem matemática é algo trabalhado com muita dificuldade nas creches, pois se ensina as regras e não o conceito. O jogo, blocos lógicos, figuras geométricas, quebra-cabeça, tangram, são meios concretos que ajudam a desenvolver esta linguagem, a criança precisa tocar no objeto, senti-lo, colocar na boca muitas vezes, mas é assim que ativa a sua capacidade cognitiva. Conforme a P.C.S. C ,(pg. 62),


“A organização espacial é outro principio norteador da pratica pedagógica que pode, dependendo de sua estruturação facilitar ou dificultar a vivencia da infância”.


A criança é o sujeito de ensino e desde pequena precisa aprender e descobrir o mundo, para poder desenvolver-se matematicamente. O professor deve facilitar a aprendizagem e não deve esquecer que tudo na vida tem o seu tempo e na educação não é diferente, ela tem etapas e não deve ser puladas. A criança aprende dentro de suas potencialidades.
Não podemos nos esquecer que a criança precisa desenvolver a sua autonomia, esta não pode viver dependente de tudo e de todos, ela precisa aos poucos aprender a fazer as coisas por sua própria conta e o professor junto com a família devem fazer este trabalho, a criança também precisa desenvolver a sua capacidade de pensar, fantasiar, imaginar, refletir, a criança cria um mundo dentro de si, ilusório às vezes, mas necessário ao seu desenvolvimento.
A criança é um ser que precisa ser amada e cuidada, pois muitas vezes sabemos que a criança não tem o amor que precisa de seus primeiros educadores, pois conforme Rousseau (1759, pg. 147), “Vossos pais serão seus primeiros educadores.”
O professor deve proporcionar situações interessantes com materiais variados para trabalhar as relações matemáticas, fazendo com que os alunos progridam seu conhecimento matemático.


4. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Os conteúdos matemáticos são de extrema importância para o desenvolvimento do ser humano por completo. Vêm-me a mente diversas perguntas e pequenas respostas sobre o nosso papel como educadoras nesse processo, pois é na educação infantil que a criança basicamente desenvolverá seu pensamento lógico-matemático e no ensino fundamental aprenderá como elevá-lo de forma que venha contribuir para sua vida. Sendo assim, o professor pode tanto contribuir com seu aluno, como prejudicá-lo em sua jornada.
É importante o professor propor situações e estar atento nas atividades do cotidiano das crianças, pois ela aprende com tudo a sua volta, internaliza seu conhecimento através da resolução de situações-problemas a elas impostas. Caberá ao professor, como mediador, organizador, facilitador do processo de aprendizagem, criar situações que incentivem o aluno a buscar informação para a construção de novos conhecimentos. A escola deve ser aberta e deixar o aluno livre. Rubem Alves (2002, p. 29), onde ele falava sobre a escola de uma forma filosófica:


“Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas. Escolas-gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Engaiolados são os pássaros sob controle. Seu dono pode levá-los aonde quiser. Deixaram de ser pássaros, pois, a essência dos pássaros é o vôo. Escolas-asas não amam os pássaros engaiolados, amam os pássaros em vôo. Ensinar o vôo não podem, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo pode ser encorajado.”



5. REFERÊNCIAS
ALVES, Rubem. “Por uma educação romântica”. Portugal. Papirus. 2002.
MARX, Karl. Frases disponíveis em:
PARAMETROS CURRICULARS NACIONAIS: Matemática. Ministério da Educação e do Desporto: Secretaria de Educação Fundamental, Brasília, 1997.
PIAGET, Jean. Epistemologia Genética. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora Ltda. 1976.
PROPOSTA CURRICULAR DE SANTA CATARINA: Secretaria de Estado da Educação e do Desporto: Coordenadoria Geral de Ensino, 1988.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. “Emilio Ou da Educação”, Tradução de Lourdes Santos Machado. 3.º Ed. São Paulo. Abril Cultural (Os Pensadores), 1983.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Frase disponível em: http://www.frasesfamosas.com.br/de/jean-jacques-rousseau.html

A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA

A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA


RESUMO

A educação sempre foi vista como um processo de constante transformação. Evolui e muitas vezes também decai o que assusta a todo educador que busca cada vez o melhor para a educação. Durante muitos anos a educação teve grande influência da igreja católica, que governada e coordenava as escolas que passaram a ser centros de evangelização e não um local de acolhimento, onde há aprendizagem. Dentro deste pequeno artigo, mostraremos um pouco sobre a história da educação brasileira no período feudal.
Palavras-chave: Catolicismo; Educação ; Evangelizar.



1 INTRODUÇÃO


A educação sempre passou por inúmeros processos, modificações, evoluções e até decadências para chegar até os dias de hoje.
Conhecer a história da educação é preciso, pois tudo se recorre à história.
A educação brasileira foi muito marcada pela vinda dos Jesuítas, que vieram para evangeliza, no entanto acabaram alfabetizando os colonizados e dando inicio ao processo educacional brasileiro.
Os jesuítas são os descendentes dos cristãos da Idade media, que criaram mosteiros e pregavam o evangelho para a nobreza européia, contribuindo, em partes, para a educação que hoje conhecemos, foi com eles que surgiu a escolástica.
Dentro de nosso pequeno artigo, buscaremos compreender um pouco mais sobre a história da educação na idade media e sua influência em nossos dias.


2. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MEDIEVAL


A educação e sua complexidade. Há muito tempo ouvimos falar sobre os rumos da educação mundial e brasileira, sendo um processo que está em constante mudança.
Sempre que quisermos saber sobre algo relacionado à educação, precisamos recorrer à história.
A Idade Média inicia-se basicamente no século IX. Foi o período em que a educação menos se destacou, pois era muito controlada pelas forças religiosas do catolicismo.
Durante muito tempo, no Mundo Antigo, inúmeros estudiosos e pensadores se destacaram dentro do campo da educação, podemos citar assim Sócrates, Platão, Aristóteles, entre outros, que tantos benefícios nos trouxeram.
Infelizmente não podemos dizer o mesmo da Idade Média. Poucos foram os verdadeiros pensadores que se destacaram e trouxeram relevantes mudanças para este campo, até porque após a vinda de Cristo, o chamado cristianismo passou a Omar conta de tudo, inclusive da educação que passou a seguir seus rumos e suas ideologias.
O professor não tinha autonomia, em suas maiorias eram padres que lecionavam, pregavam o seu evangelho, “socavam” este conhecimento em seus alunos.
Lembramo-nos da vinda dos Jesuítas para o Brasil, pois vieram para evangelizar e percebendo que precisariam alfabetizar os índios para pregar-lhes o evangelho, passaram a ensiná-los a ler e escrever, dando inicio assim a história da Educação Brasileira.
A escola clássica, criada por Platão, a chamada escola de Atenas é derrubada pela ideologia cristã.
Segundo Manacorda (2000, p.122),


"Pode-se dizer, considerando as iniciativas educativas do clero secular e do clero regular, que mudaram os conteúdos, e que dos clássicos da tradição helenístico-romana passou-se para os clássicos da tradição bíblico-evangélica".


A Europa medieval teve o inicio do seu apogeu religioso educacional com a escolástica, criação de escolas para evangelizar e alfabetizar no governo de Carolíngio, pois construíram vários mosteiros, conventos, a escola Palatina referência para vários pontos da Europa, porém foi sobre o governo do grande Carlos Magno que surge o primeiro programa de educação da nobreza e são trazidos vários religiosos para fazerem este trabalho. E assim, criam-se mosteiros, onde apenas os nobres freqüentavam, achando que estavam sendo alfabetizados e educador, pura ignorância, pois o que lhes interessavam era o evangelizar.
De acordo com Martins (1993, p. 38):

Freqüentavam esta escola o próprio imperador, os príncipes e os jovens da nobreza. Ao lado desta instrução e educação ministrada aos jovens da nobreza por eclesiásticos, a Idade Média oferece-lhes ainda uma educação militar e cortezã, educação à qual, desde cedo, a Igreja procurou também imprimir uma orientação religiosa e doutrinal.

O grande pensador aristotélico da idade média foi São Tomás de Aquino, que levou para toda Europa os rumos e conceitos da escolástica medieval. Já o conhecido Santo Agostinho tinha opinião contrária ao de Aquino e por isso foi muitas vezes castigado. Para Aquino não havia relação entre a metafísica (estudos além da física) e a teologia, para ele a escola era espaço para a reflexão e discussão, bem como aplicação da lógica doutrinaria da Igreja Católica.
Santo Agostinho pregava o amor à fé, e o educar ao amor.
Segundo Teles (2010, p. 43),

“Agostinho vai filosofar sem perder a fé. Ele defende que a fé trás o saber, e que o saber trás a fé. E é assim que o homem vai conquistando a sua felicidade. E esta deve ser a finalidade única da Filosofia”.

A igreja influenciou muito no comportamento das pessoas, em seu modo de agir, pensar, na psicologia como um todo.
As disciplinas que eram estudadas nas escolas cristas, eram todas relacionadas a igreja, destacamos a Filosofia ligada ao cristianismo onde apenas a ideologia cristã era aceita, não havia o pensar, apenas o fazer, haviam as artes liberais, o trivium (Gramática, Retórica e Dialética católica) e o quadrivium (Aritmética, Geometria, Música e Astronomia), onde a liberdade de expressão era algo inexistente e se alguém quisesse ou tentasse agir de forma diferente, era cruelmente castigado e muitas vezes levados a morte.
Com o fim da Idade Média, a educação passou a ser vista como um processo que molda e transforma as pessoas, passou a ter a concepção que hoje conhecemos a de educar. É claro que passou por muitas crises e inúmeras mudanças para chegar a isso. Mudanças que levaram educadores à forca e outros ao suicídio.


6. CONCLUSÃO

Conhecer nossa história e os rumos da educação nos propicia não apenas o conhecimento, mas a compreensão de todos os processos que a educação passou para chegar até aqui, e através disso percebermos o porquê de tantas injustiças e deformações.
É sempre bom estarmos buscando novos conhecimentos relacionados a educação e a universidade nos possibilita buscar este conhecimento que nos será útil em todos os dias de nossa vida educacional.
Compreendo que a educação só será cada vez mais possível se lutarmos fortemente pó sua melhora.


7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MANACORDA, Mario Alighiero. História da educação: da antiguidade aos nossos dias. 8ª ed. São Paulo: Cortez, 2000.
MARTINS, Ferreira Roberto. “Sociologia da Educação”, São Paulo – SP: Editora Moderna, 1993.
TELES, Fídias. “As Verdades Contra os Fracassos da Vida: por uma Pedagogia Antropológica”. Porto Alegre: Editora Alternativa , 2010.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

PCN DA SAÚDE-TEMAS TRANSVERSAIS

PCN DA SAÚDE-TEMAS TRANSVERSAIS
Tatiane Pasdiora
RESUMO

A educação e suas implicaturas, ou seja, a educação tem vários ramos do conhecimento. Para o professor não existe apenas a função de ensinar, mas sim de orientar, cuidar, amar, observar, ajudar, e neste trabalho referente a pratica educativa, queremos mostrar que é esta a função do educador, centralizando a educação para a saúde e a influencia que traz ao ser humano no geral.
Palavras-chave: Saúde; Educação; Educando.


1 INTRODUÇÃO

É complexo falarmos de saúde em uma sociedade que está se corroendo, destruindo com uma epidemia de gripe suína, mas é muito importante analisarmos estes aspectos, pois é através deles que poderemos iniciar um processo pedagógico de sucesso. Buscarei dentro disso, através da pratica apresentada em sala de aula, mostrar um pouco da importância da saúde em nossa vida, seus objetivos e como podemos aplicá-la em sala de aula, levando em consideração a pessoa como agente de proteção, mostrando que o educador é muito importante para a criança, pois além de educá-la intelectualmente, também deve cuidar de sua saúde , além de mostra-la como viver uma vida saudável, para que esta cresça e tenha uma adolescência longe dos vícios, as violência e dos problemas que o convívio em sociedade nos traz e está tão escancarado em todos os meios de comunicação, eis a importância do educador. Através desta prática educativa resgataremos a saúde em sala de aula.

SAÚDE E SEGURANÇA


O Brasil tem nos servidoNa área de educação

Também tem contribuído
Com uma baixa inflação
Más seriamente falando
Há muita gente sofrendo
Com a saúde faltando
E a violência crescendo
De metro em metro um bandido
Perverso e atrevido
Não respeita nem criança
Clama uma voz aflita
Nosso País necessita
Mais saúde e segurança
(
Edgar Ramalho de Freitas 20/11/2006)
2 PCN DA SAÚDE

Sabemos que o ser humano para viver bem precisa ter um emprego, uma família perfeita e muito dinheiro, correto? É obvio que não! A mídia faz questão de nos dizer que o dinheiro é a solução para todos os nossos problemas e através dele poderemos viver bem, mas se esquecem que a educação e a saúde são muito mais importante que isto. Ter uma vida saudável em nossa atual sociedade exige muito das pessoas e estas não se importam em buscar ajuda, informações sobre as doenças que surgem. Em minha pequena trajetória como professora infantil, já ouvi pais falarem “a minha filha está com febre e coriza, se piorar de tylenol que resolve” e alguns dias depois a criança não vem à escola porque está com princípio de pneumonia, ou seja, não adianta a escola fazer um bom trabalho se os pais estão acorrentados ao dinheiro e não se conscientizam que é importantíssimo deixar o excesso de trabalho de lado e prestar mais atenção em seus filhos. Lembro-me do educador Jean-Jacques Rousseau, que em sua obra “O Contrato Social” disse a seguinte frase: “O Homem Nasceu Livre e Por Toda Parte Está Acorrentado”, isso relata bem o que acabei de falar.
A escola educa para a saúde e tem como objetivo conscientizar os alunos dos direitos que eles têm de proteção e recuperação da saúde e entender que este é um exercício de cidadania, entendendo seus aspectos físicos, psíquicos e sociais, alem de orientá-los sobre os perigos que possivelmente encontrarão na sociedade em que vivem. Além disso, a escola deve conscientizar a sociedade dos problemas que envolvem a saúde, promovendo projetos, palestras e encontros, mostrando que os aspectos culturais têm relevância neste processo.
O governo tem a obrigação de fornecer boa saúde para as pessoas. Conforme o PCN as Saúde, (1997),
“O governo tem o dever de fornecer saneamento básico, infra-estrutura e educação; ações de atuação individual, curativos e preventivos, como diagnostico precoce de doenças e assistência...saber como vive, adoece e morre a população em determinadas lugares e situações.”

Cabe a escola buscar conteúdos que auxiliem neste tema transversal de acordo com a região em que vivem, dando sentido a suas dimensões conceituais e procedimentais, buscando situações problematizadoras e praticas para exerceu uma vida saudável.
Sobre a saúde na escola, assim nos diz a lei numero 8.080/90
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País.
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.
Os conteúdos mais trabalhados em sala de aula são os vícios (drogas, álcool), gravidez na adolescência, sexualidade, DST, higiene, diversas doenças, mas muitas vezes se esquecem que saúde também tem a ver com alimentação adequada e exercícios físicos, pois a cada dia que passa a obesidade aumenta no Brasil. Conforme o Ministério da Saúde (2009), atualmente há por volta de 17 milhões de obesos no país e depende muitas vezes da escola mudar esta realidade, pois além dos pais, é ela que nos dará uma base para obter uma vida saudável. É através do conhecimento, informação que virá o autocuidado, lembrando sempre que nós vivemos em sociedade e o cuidado se estende ao grupo. Conscientizando nossos alunos teremos uma mudança muito grande na sociedade, pois é uma corrente, ou seja, os filhos ensinam os pais o que aprendem e estes ensinam seus amigos e assim consecutivamente. Se a população se prevenisse não haveria tanta morte atualmente por inúmeras doenças, pois as informações estão em todas as partes, em instituições publicas e privadas de saúde, nos meios de comunicação de massa e nas escolas.
A escola contribui e muito para a saúde de seus educandos, porém é importante rever o seu currículo, pois esta pode tanto ajudar seu aluno como afunda-lo ainda mais, sendo assim um bom currículo que leve em consideração todos os aspectos que envolvem a criança é muito importante para seu aprendizado.
Segundo a Organização Nacional da Saúde, a escola que está pronta para trabalhar o tema educação é:
v Aquela que inclua em seu currículo a saúde como um tema que trabalhe os aspectos, físicos, psíquicos e ambientais.
v Aquela que tenha um ambiente limpo, acolhedor e saudável. Não adianta trabalhar a higiene se as salas e os banheiros sempre estão sujos.
v Elabora projetos voltados para a saúde, onde não envolva apenas os alunos e sim a sociedade em conjunto com os professores (interdisciplinaridade).
v Aquela que compreende que a auto-estima e a autonomia é importante para promover a saúde.
Enfim, a escola ideal é aquela que contribua da melhor forma possível para que seus alunos possam ter uma vida saudável.



3 CONCLUSÃO
Lendo, estudando e observando o trabalho do professor como um todo, concluo o que em parte já sabia que o educador é importantíssimo para a vidas das pessoas, é lamentável que não sejamos valorizados. Se existe grandes médicos, cientistas, artistas e escritores, é porque passaram pelas mãos carinhosas que inúmeros professores. Nossa função aumenta cada dia mais, agora alem de educar intelectualmente, temos que educar para a saúde, para a vida no geral. Fico muito feliz por ter escolhido esta profissão, pois sei que posso ajudar a muitos assim como fui ajudada, se não fosse assim, hoje não seria universitária. Agradeço a todos os meus professores pelo carinho e dedicao a mim prestado.

4 REFERÊNCIAS

ROUSSEAU, Jean-Jacques. “Do Contrato Social” – São Paulo – 1972.
RAMALHO, de Freitas Edgar. Poema “Saúde e Segurança”, São Paulo 20/11/2006, disponível em:
www.recantodasletras.com
Lei N 8.080, de 19 de setembro de 1990, disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/LEI8080.pdf
PCN das Saúde, disponível em:http://www.google.com.br/search?hl=ptBR&q=indice+de+obesidade+no+brasil&btnG=Pesquisar&meta.
Organização Mundial da Saúde, disponível em
www.saude.gov.br